- A. Dados sobre a fecundação in vitro.
- B. Aspectos éticos.
- C. Casos mais graves.
- D. Proibição?
A. DADOS SOBRE A FECUNDAÇÃO IN VITRO
1. Como se faz a fecundação in vitro? As etapas que se seguem na FIVET (Fecundação In Vitro e Transferência do Embrião) são:
- Obtenção de espermatozóides e oócitos, que se depositam varias horas numa solução de cultivo de um recipiente em cristal, um vitro, até que se comprove a fecundação.
- Trasladação dos embriões para outra cultura onde se incubam por alguns dias.
- Selecção de embriões sãos e eliminação dos restantes. Os sãos dividem-se em dois grupos.
- Uns transferem-se para a mulher. Os restantes congelam-se a -196 C para usos posteriores.
2. Resultados da fecundação in vitro? No ano 2000 houve êxito em 15% das mulheres, depois de 5-6 intervenções, com morte ou congelação de más de dez embriões por mulher.
3. Custo da fecundação in vitro? Os gastos são abundantes e oscilam entre os 25 000 e os 70 000 dólares. O custo psicológico (frustrações, desilusões) é grave no casl, em especial para a mulher que se vê submetida a intervenções pesadas e reiteradas.
B. ASPECTOS ÉTICOS DA FECUNDAÇÃO IN VITRO
1. Que problemas éticos coloca a fecundação in vitro? A FIVET causa sério dano À dignidade humana em vários aspectos:
- Sofre a dignidade dos pais que passam a ser fornecedores, pessoas que oferecem material biológico a um laboratório, de modo que os pais perdem a paternidade.
- Maltrata-se a dignidade do filho, pois é objecto de fabricação e durante vários momentos da sua vida é tratado como material de laboratório metido em mais um frasco.
- Nesses momentos, o filho é manipulado como um escravo da antiguidade ao qual se domina e se pode destruir se saísse defeituoso. Ainda que as técnicas melhorem e não haja erros, o filho continuaria a ser assim considerado.
- O mesmo se diria afirmando que se trata o filho como um animal. A FIVET é um processo indigno do homem.
2. E actualmente, há mais dificuldades éticas na fecundação in vitro?
- Actualmente para obter um resultado matam-se muitos embriões.
- Também se congelam muitos embriões com perigo para a sua vida e forte abuso ao travar o seu desenvolvimento natural.
- Estes seres humanos congelados são objecto de compra e venda -como objectos o animais -, proporcionando abundantes ganâncias.
C. CASOS MAIS GRAVES DA FECUNDAÇÃO IN VITRO
1. Fecundação in vitro heteróloga.- Até agora falámos de usar espermatozóides e oócitos do mesmo casal. Nesta outra fecundação usam-se doadores alheios e podem dar-se casos tremendos: o filho de Améloa, Bibi e Carola tem os cromossomsa de Amélia, o ventre de Bibi e a educação de Carola, nenhuma delas é a mulher do pai genético Alan ou do pai social Bruto. Quem são os seu pais, a sua pátria, os seus antepassados?
2. Barrigas de aluguer.- Encomenda-se um filho e contrata-se uma mulher como incubadora, estabelecendo um contrato de entrega do produto quando nasça. Trata-se o filho como um escravo que se compra e vende e deteriora-se a dignidade da gestação, tão unida à maternidade.
3. Filhos para pares homossexuais.- Encomendam um filho a um laboratório de fecundação in vitro e recebem-no após o pagamento correspondente. Além dos problemas éticos mencionados, a psicologia do filho e a sua percepção da sexualidade sofrem uma deterioração.
D. PROIBIÇÃO DA FECUNDAÇÃO IN VITRO
1. Quem deseja praticar a fecundação in vitro? A FIVET é desejada por:
- Pais que não podem ter filhos de outra forma e desejam um filho a todo o custo.
- Algumas clínicas e laboratórios que ganham muito dinheiro com essas práticas.
2. É mau desejar um filho? Não, não. Desejar filhos é muito bom. Mas há modos de os conseguir que não são adequados. Por exemplo, não está correcto conseguir um filho através do concubinato, nem roubando-o, porque se lesam outros aspectos morais. De igual modo, a fecundação in vitro deteriora os temas éticos que vimos e não está correcta.
3. Deve proibir-se a fecundação in vitro? Quantas menos proibições houver, melhor. Mas a fecundação in vitro deve proibir-se, assim como a experimentação em embriões, porque:
- A proibição é o único modo de proteger a vida (aborto) e a dignidade do embrião humano.
- A proibição beneficia os próprios pais interessados, pois ajuda-os a procurar filhos por caminhos concordes à sua dignidade e à dos meninos, por exemplo mediante a adopção.
- Além do mais, a proibição evita-lhes gastos e frustrações.
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